Julgamento é adiado por pedido de vista de desembargador; relator deu voto favorável ao Habeas Corpus de Glaidson Acácio do Santos
O julgamento do pedido de Habea Corpus do chamado Faraó do Bitcoin Glaidson Acácio dos Santos no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) foi adiado na terça-feira (16) após um pedido de vista do desembargador André Fontes. O criador da GAS Consultoria está sendo julgado na 2ª Turma Especializada do TRF-2 por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional.
Por enquanto apenas um voto foi dado, o do relator Flávio Lucas, e a decisão foi pela concessão do Habeas Corpus para Glaidson. Agora restam decidir os desembargadores André Fontes e Wanderley Sanan. Ainda não há uma data definida para a continuidade do julgamento.
No entanto, mesmo que Glaidson receba o HC do TRF-2, dificilmente sairá da prisão. O criador da GAS Consultoria é réu por crimes financeiros nas esferas Estadual e Federal, e também por homicídio em caso que corre na Comarca de São Pedro da Aldeia (RJ).
Além disso tudo, a Justiça autorizou um pedido de prisão preventiva contra Glaidson na última sexta-feira (12). Segundo a Polícia Federal, investigações apontam que ele teria se aliado a um comparsa do falecido traficante colombiano Pablo Escobar no esquema que seria responsável por fraudes bilionárias no Brasil e com captação de recursos em países como EUA e Portugal.
Mas a corte não contava com o entusiasmo dos apoiadores de Glaidson: mais de 500 pessoas entraram na chamada e começaram a tumultuar, falando no chat e até abrindo os microfones e câmeras.
Conforme descreve reportagem do jornal O Globo, o presidente da turma, desembargador Flávio Lucas, encerrou a sessão após ter feito advertências.
Prisão do Faraó do Bitcoin
A primeira fase da Operação Kryptos foi desencadeada em agosto do ano passado para investigar a GAS Consultoria. Sediada na Região dos Lagos (RJ), a empresa operava nos moldes de um esquema de pirâmide financeira.
Glaidson foi preso na manhã do dia 25 de agosto de 2021 no âmbito dessa operação. Na ocasião, outros membros do esquema foram presos enquanto outros conseguir escapar da polícia e fugir do Brasil, como a esposa de Glaidson, Mirelis Yoseline Diaz Zerpa.
A GAS Consultoria captava clientes com promessas de rendimentos que supostamente viriam do trade de criptomoedas. Mais tarde, seu modelo de operação, supostamente de uma pirâmide financeira, desencadeou uma série de investigações pelas autoridades brasileiras.
Durante a operação, os agentes da PF e Receita Federal apreenderam 591 bitcoins, dezenas de carros de luxo e mais de R$ 13 milhões em espécie.
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